sábado, 9 de maio de 2009

Avenida Paulista em 1891 - Carmen Apóstolo



Avenida Paulista em 1891
Carmen Apóstolo



Passeavam pelas pedras brancas reluzentes da calçada.

As vestes eram longas....

Os guarda-sóis mais serviam para enfeitar!

Ah! Um cheiro de saudades que não conheço.

Lembranças do já visto, lembranças sutis e um tanto sombrecidas.

Os perfumes das flores, o céu azul, azul a garoa fininha...

Os lampiões eram acendidos enquanto a noite se anunciava.

Ah! Que doce melancolia...tão boa de sentir.

A janela entreaberta demonstrava as flores que bailavam ao som das serenatas.

Era o movimento que, desde então, inspirava trazendo as emoções que habitavam o coração daqueles que versejavam aquecidos do brilho das estrelas refletido em pedras brancas.

As jovens rodopiavam suas amplas saias ao som da música e ao perfume das magnólias que também rodopiavam suas flores perfumadas.

Assim devia ter sido esse paraíso que imagino e que mata-me a saudades que não tenho.

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